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18 abril, 2012

DEVOLUÇÃO



Devolvo-te a rima traçada em verso fremente
na poesia que trazia teu suposto amor,
devolvo-te o frêmito, impacto eloquente
embalados e lacrados pela minha dor.
Devolvo-te os momentos, os melhores já vividos,
disfarçados num sorriso pra não te constranger...
Neles me situo e ainda que fingidos
foram momentos que me ensinaram a viver.
Devolvo-te a alegria transformada em tristeza
que sempre me movia se o mundo não movesse
e me fazia crer que me falavas com franqueza.
Devolvo-te a vida, é como se eu morresse,
e todo meu amor imbuído de verdade...
Fico com a lembrança e toda essa saudade.
(Carmen Lúcia)